Wednesday, 28 October 2009
Tokyo... La reverie... (Parte I)
Venho finalmente, já em terras lusas descrever os derradeiros dias deste sonho tão efémero que foi Tokyo. Terminará com esta entrada o estilo de narrativa "on the road" (ou talvez ainda não).
O Décimo-Quinto (sáb. 24 de Out.) e Décimo-Sexto (dom. 25 de Out.) dias foram passados no excelente V-Rock Festival.
No primeiro dia, sábado, chegamos atrasados. Pensávamos que a viagem até Makuhari Messe seria mais curta, porém levou cerca três horas o que resultou na perda SEX MACHINE GUNS e SuG. Fiquei triste de ter perdido a maior parte do concerto de Penicillin, banda que aprecio bastante, principalmente os trabalhos mais antigos. Do pouco que vi o Hakuei parecia-me bastante em forma (para variar), porém não posso falar mais sobre este concerto pois não o presenciei na totalidade. Após explorarmos um pouco o recinto fomos logo para o palco onde iriam actuar os D e onde infelizmente tive de assistir à totalidade de uma banda que particularmente abomino, os jealkb. Para mim foi extremamente aborrecido dado a não simpatizar nada com o som e visual destes senhores porém devo dar a mão à palmatória e tenho que admitir que têm uma excelente presença em palco, o que tornou menos doloroso ter de suportar o concerto de uma banda que não se gosta. Ao fim desse tempo que pareceu demasiado demorado de espera entraram em palco os D. Os grandes D. Senti o meu pobre coração pequenino e apertado cada vez mais à medida que davam entrada os membros no palco: Primeiro Hiroki, de seguida Tsunehito, Hide-Zou e Ruiza... e por fim Asagi. Vinham com os seus últimos costumes, do single Tightrope. Desapontamento toma conta de mim quando me apercebo que os meus ídolos apenas tocam cinco músicas. Demasiado curto. A setlist poderia ter sido um pouco mais bem escolhida (na minha opinião claro) mas também é já um "síndroma" de D a que estou habituada: set lists que parecem demasiado maçudas dado à escolha apenas de músicas que se encontram em álbuns, e não de singles. Gostei de ouvir particularmente a Tightrope, a Night-Ship D e a Yami Yori Kurai Doukoku no Acapella to Bara Yori Akai Jounetsu no Aria. Extremamente boa presença em palco no geral. O Asagi cantou muito bem porém às vezes parecia demasiado "apressado", talvez estivesse um pouco em baixo de forma. O Ruiza foi uma surpresa pela negativa pela falta de movimentação e inércia em palco à qual não estou habituada a ver nos concertos gravados aos quais já assisti. O Hide-Zou uma grande surpresa positiva, pois costuma ser o mais, digamos, "apagado" e mostrou-se muito cúmplice com o público, desafiando-nos muitas vezes a sermos mais enérgicos, apesar de ser o membro da banda do qual gosto menos fica marcado como o mais energético e cativante durante este espectáculo. O Tsunehito já nos habituou com uma performance muito mais "low-profile" da que víamos em trabalhos anteriores, não tendo muito a acrescentar sobre este membro pois não difere nada da prestação mais recente que têm dado nos últimos concertos, boa postura em palco e excelente baixista. Hiroki sempre com a mesma postura calma e sorridente a que já estamos acostumados, excelente prestação como habitual, dos bateristas que mais admiro.
Após o breve mas de qualidade concerto de D fizemos uma pausa para comer alguma coisa, fumar um cigarro e descansar um pouco para o seguinte concerto que assistimos, Alice Nine. Alice Nine foi uma grande surpresa pela negativa. Não sou grande fã da banda porém não há nada que consiga destacar positivamente da prestação deste quinteto já conceituado. A única música na qual se mostraram mais energéticos foi a Rainbows, restante sendo um concerto extremamente aborrecido e pobre visualmente, vocalista e guitarrista muito em baixo de forma na minha opinião, parecendo quase estarem a tocar lá "por favor". Pessoalmente morri de aborrecimento e quase adormeci neste espectáculo. Seguimos depois para D'espairs Ray. Também não sou fã especialmente desta banda, porém surpresa muito positiva. Grande prestação e presença em palco. Apesar do visual simples conseguiram montar um espectáculo cativante, energético e muito bom visualmente. Hizumi em muito boa forma, principal destaque para a Garnet, apesar de estar um pouco modificada, Redeemer e Trickster. Os meus parabéns aos D'espairs Ray, pois deram dos concertos mais cativantes do festival inteiro, tive bastante gosto em vê-los, muito bons profissionais e estrondosos em palco!
Seguidamente começou Doremidan, que foram muito bons também. Gosto imenso dos trabalhos da banda que conheço apesar de não ser conhecedora profunda da discografia destes senhores. O furitstuke é muito divertido, energético e fácil de acompanhar, têm um ritmo e ambiente totalmente contagiante. Especial destaque para a minha música predilecta que tocaram em último lugar, a Seisshun Roll-Over. Houve uns pequenos acidentes no final do concerto devido ao palco estar talvez molhado apesar de desconhecer as razões que podem ter levado ao mesmo estar em tais condições, pois o guitarrista (se a memória não me trai) escorregou e caiu palco abaixo, e o vocalista também ia caindo. Tive pena que uma prestação tão boa corresse assim no final e espero que ninguém da banda se tenha magoado.
Seguiu-se o grande concerto de Moi Dix Mois. Não me vou alongar muito nesta banda pois já todos vocês sabem do que estou a falar muito bem. Mais que estrondosa presença em palco, tanto que a presença do Mana fez com que me emocionasse ao ponto de chorar quase o concerto todo. O Seth é dono e senhor de uma grande voz, está de parabéns também pela sua prestação. O único ponto negativo que tenho a apontar é exclusivamente pessoal dado a que não sou muito fã dos trabalhos recentes da banda, nomeadamente do álbum posterior ao Nocturnal Opera, o Dixanadu, na minha opinião nota-se um grande desleixo da banda em termos de composições. As novas músicas também não me encantaram, porém pode ser apenas por ser primeira vez a ouvi-las (se bem que sou uma pessoa de gostar logo das músicas à primeira). Esta banda está de parabéns, e ver o Mana ao vivo é totalmente diferente de na gravação, emana uma energia verdadeiramente emocionante, graciosa e linda de todas as formas possíveis e imaginárias.
Depois deste concerto comecei a sentir-me verdadeiramente mal, estava a arder em febre e senti-me prestes a desmaiar, falta de descanso, horas de sono, muito tempo em concertos e duas coca-colas e metade de uma salsicha na barriga o dia todo. Vi D'erlanger muito ao longe infelizmente pois desejava muito ver o seu concerto pois sou grande fã de um álbum da banda. Porém grande desilusão pois não gostei nada do que ouvi e vi. Achei uma prestação demasiado dispersa e caótica. Destaque para a performance surpreendente do Kyo, vocalista, pois deu um grande espectáculo mesmo assim. La Vie en Rose foi a única música que adorei (lógico!)
Fomos para casa a muitíssimo custo, porém lá chegamos, para mais um dia a levantar às 6 da manhã, mas desta vez sem directa.
Tenho muita pena de vos deixar a meio da entrada, contudo ainda estou cheia de jet-lag e demasiado doente para ficar no computador durante muito tempo sem ter dores horríveis na cabeça e corpo, por isso imploro por mais umas horas e amanhã estará publicada a segunda parte desta entrada, e a descrição detalhada dos concertos que assistimos no segundo dia do V-Rock Festival, domingo. O dia que mudou a minha vida pois vi Versailles...
Oyasumi!
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O amor pela música foi maior que a gripe. Mesmo cheios de febre estivemos lá!
ReplyDeleteValeu tudo a pena <333
awwww grande dia pah!! *__*
ReplyDeleteespero que melhores :D
a gripe é o menos! ahaha
<3