Wednesday 18 November 2009

Reflexões sobre...

Tudo e Nada. Sobre o Certo e o Errado. Sobre Branco e Preto. Sobre a Dualidade existente no mundo, que também infelizmente polula o coração dos seres Humanos.
Por vezes a vida atribulada neste mundo louco com demasiadas preocupações frívolas faz com que a nossa cabeça pense separado do nosso coração, como se não habitassem o mesmo corpo. Dever, Medo, Ansiedade, Precipitação, tudo faz com que olhemos para dentro do nosso coração e pensamos que estamos errados. Que não é assim. A Cabeça diz que é muito difícil de enfrentar, porém, se nunca o enfrentamos como poderemos saber se se trata realmente de um obstáculo ou se é apenas uma miragem? Para uns, a margem de erro é demasiado abrangente, para outros demasiado apertada. Quando poderá haver um meio termo nesta sociedade louca em que vivemos? Esta entrada vai um pouco na linha de apenas mais um reflexão, entre muitas outras, que em nada se destaca das demais. São apenas sentimentos de uma rapariga confusa com a própria vida.
Venho falar de um tema muito discutido na actualidade entre Pais e Filhos: Os Filhos têm mesmo de seguir o caminho traçado pelos pais para o seu futuro. Sim, pelos pais. Sim, e CONVEM MESMO seguir!! Vejamos um exemplo de um típico espécimen do género masculino em Portugal: Porquê tanta pressão para estudar, ter uma boa média, ir para a faculdade, graduar, ter um diploma (que na cabeça de muita gente torna uma pessoa melhor, na minha opinião isto é totalmente idiota) e depois então sair da casa dos pais, arranjar uma mulher decente, serem um casal lindo em público, ter filhos, entrar num estilo de dieta saudável por causa do colesterol, obrigar os filhos a estudarem que nem jumentos para poderem, um dia, ter a vida confortável que os senhores pais têm. Muito bonito. De se me vir lágrimas aos olhos e tudo. A face oculta e negra deste facto é que: No secundário os meninos bonitos não podem sair, sem ser para a escola claro, mas o que acontece é que muitas vezes estão a faltar ás aulas, a terem os chamados "feriados", aproveitando-os para andarem quase a copular com a primeira pessoa que apanham á frente pelos cantos da escola, a fumar uma "ganza" entre muitas mais opções. Chegam a casa e os ricos meninos vão para o quarto estudar, quando na verdade têm o livro á frente e estão a ver alguma pornografia aleatória na internet. Muito bonito, vão para a faculdade e são muito empenhados dizem os pais... Claro, será que os pais já foram a alguma festa de curso? Pois, não me parece... Na universidade o que mais aprendemos é como cabular nos exames para ter "altas notas" e beber até mais não de uma forma decadente, e claro, sem faltar a tradicional erva. Depois casam com a rapariga mais betinha da escola, porque tem boas notas, porque é bem comportada e deixa-me fazer o que eu quero. Adoramos raparigas sem qualquer traço de personalidade, é como criar... vejamos, uma ovelha! Comovente. Chega a um ponto a mãe já está a chatear demais porque quer ser avó... "É melhor mandar vir um puto para a velha se calar" e assim é. A famosa pergunta "Queres que seja rapariga ou rapaz?" é normalmente respondida pelo futuro pai com "Não interessa, desde que seja saudável" o que é equivalente a um "Cala-te mulher e deixa-me ver o futebol!" Enquanto a mulher engorda como uma "porca" em casa para depois dar á luz a criança com muito esforço, este senhor doutor engenheiro formado na faculdade mais prestigiada de não sei onde frequenta "night clubs" e vai dando umas facadinhas no matrimónio aqui e ali, desculpando-se que está a trabalhar horas extra, e a querida esposa claro como não tem qualquer traço de personalidade acha que tem um marido muito empenhado. Mas é totalmente legítimo pois ele traz o seu dinheiro para casa, é independente, tem um bruto carro e um curso superior. Continua a sua vida com a sua margem de liberdade completamente "à largader" e começa a comer comida dita saudável, fumar então nem pensar, só mesmo para a mulher não chatear. Claro que a mulher não sabe que quando sai do trabalho vai comprar um hamburguer ou cachorro quente acompanhado por uma cerveja rematando com um charuto. Completamente saudavél.
Deixem-me dizer-vos uma coisa: Eu Não sou Assim. Eu não tenho o mínimo desejo de ser assim.
Este pedaço de texto não é dirigido a ninguém mas é dirigido a todos, inclusive a mim. Porque todos nós temos a nossa quota parte de hipócritas dentro de nós, pois somos da raça mais maligna que existe à face da terra, mas por favor, não temos que contruir a nossa vida de hipocrisia, não temos de brincar ao faz de conta só para parecer bem. Para muitos pode ser que sim, para mim está fora de questão.
Ás vezes penso que talvez poderia ser positivo ter acabado o meu curso, para ter um trabalho muito bem pago como por exemplo na caixa do El Corte Inglès, que é o sonho de qualquer mulher! Pronto, deixemos a ironia de lado, por todo o lado só se vêm trabalhos precários, e não é um curso superior que me safará disso, fui assistente de call-center e trabalhei ao lado de licenciados! Vou perder tempo, paciência e sobretudo dinheiro só para as pessoas que mal me conhecem ficarem muito contentes e orgulhosas que tenho um curso? Não me parece. Como quando nos vamos inscrever em algum lado... a Pergunta: "Qual a sua escolariedade?" a Resposta "Licenciatua Incompleta" a Reacção: "Mas porque?! Ó menina é tão jovem, tem a vida toda pela frente porque desistiu? Tem que voltar!!" o Pensamento: "Muito bonito, preocupado com a minha vida e o meu futuro, têm uma certa razão tenho que adimitir, mas não sou hipócrita, não gostei, saí."
Todos somos iguais, com ou sem licenciatura, todos sofremos os azedumes inevitáveis que a vida nos oferece e somos todos inpotentes. Parece que temos um "handicap", uma barreira que nos impede de chegar à felicidade... Podemos experienciá-la, mas a maioria nunca a toma como felicidade pois simplesmente não acredita que exista. A Felicidade está nas coisas mais inesperadas da vida, mais alcançavéis. Não vou me martrizar só porque não sou um burro carregado de livros (leia-se licenciado) e jogar a minha oportunidade pela janela fora.
No meio desta sociedade podre ainda posso amar e confiar em alguns, o que me faz feliz e completa.
Esta reflexão tornou-se um pouco mais extensa do que previa, e saiu um pouco ao lado do que queria escrever, porém é imperativo que as pessoas não tenham medo, abram os olhos e alcançem a felicidade que para eles é um mito mas que na verdade sempre esteve debaixo dos seus olhos...

Oyasumi!

2 comments:

  1. É engraçado num mundo diversificado como o nosso em que temos tanta escolha, parece que existe a necessidade de se formatar a sociedade de sermos todos iguais, termos os mesmos gostos e os mesmos desejos. Estamos demasiado preocupados o que os outros pensam de nós. A vida é tão curta porque perder tempo com coisas insignificantes. "A vida é bela nós é que damos cabo dela".

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  2. Já sabes a minha opinião sobre isto, e dou-te toda a razão **

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