Thursday 29 October 2009

Tokyo... La Reverie... (Parte II)

foto de Versailles com visual de Ascendead Master (copyright by Versailles and Warner Music Japan)

Ao fim da "curta" pausa que fiz entre entradas, irei relatar os factos do nosso último dia por terras nipónicas, um dos dias mais especiais da minha vida pois tive a hipótese de realizar um dos meus maiores sonhos (além de ir ao Japão) que era ver os Versailles ao vivo. Apercebi-me que ainda gostava mais deles do que pensava... Mas comecemos pelo início. Levantámos-nos às 6h e tentámos mais uma vez chegar a horas, porém sem sucesso pois enganámos-nos no comboio e adormecemos, ou seja, apercebemos-nos um pouco tarde de mais que aquele comboio ia para outro sítio, estas trocas e baldrocas resultaram num atraso ainda pior que o do dia anterior o que nos fez perder as actuações de -OZ- e Matenrou Opera que tanto desejava assistir. Vimos um pouco do concerto de Duel Jewel enquanto passeávamos um pouco pelo recinto, foi quando ouvi uma música que me era muito familiar, então rumámos ao palco L para assistir ao concerto de Negative. Pode não interessar à maioria de vocês ou sequer conhecerem, pois é uma banda finlandesa que era grande fã quando tinha os meus 16 anos. Eram uma banda muito pequena e local, com muitos poucos lives dados, quase todos apenas na Finlândia e no norte da Alemanha. Gostei imenso de ver esta banda pois sempre fui aficionada em Suomi rock, mesmo apesar de agora a minha preferência cair notoriamente para o visual kei, o Suomi rock é ainda um estilo musical pelo qual guardo muito carinho e admiração. Tocaram boa parte das suas músicas antigas o que me agradou imenso, fiquei surpreendida como uma banda habituada a live houses pequenas conseguiu dar um espectáculo tão bom. Os Negative estão definitivamente de parabéns. Achei um facto muito curioso haver raparigas com bandeiras da Finlândia às costas, o que significa que já devem ter uma base sólida de fãs em terras nipónicas, fico bastante feliz ao constatar este facto. De seguida vimos DaizyStripper banda da qual sou fã porém o concerto desiludiu-me bastante. Acho que estiveram muito mal ao vivo na minha opinião, a voz do vocalista não era nada harmoniosa, era totalmente perfurante para os ouvidos e muitas das vezes pareciam uma banda amadora a tocar covers das suas próprias músicas, uma pena pois tinha expectativas bastante altas para esta banda. Seguidamente começou a actuação dos [_Vani:lla] que também foi uma desilusão. Mudança de visual radical, músicas demasiado caóticas, não gostei da sua actuação. Depois vieram os lynch. banda pela qual nutro uma antipatia de estimação pois em nada me identifico com o som deles, porém surpresa das surpresas adorei vê-los ao vivo, vocalista em extrema boa forma, grandes músicos, músicas muito bem tocadas, gostei muito mais ao vivo do que ouvi-los em estúdio. Um grande parabéns para os lynch. e pela excelente actuação com que nos presentearam! Rumámos a seguir para o concerto de Ayabie, para o qual tinha expectativas deveras baixas, porém devo dizer que adorei. Também sou fã dos "novos" Ayabie, por isso para mim o concerto foi muito agradável, especial destaque para a música Aitakute e para a belíssima voz de Aoi, que nunca pensei que fosse tão boa e harmoniosa. Os Ayabie são realmente um marco do visual kei moderno pois continuam como sempre profissionais e com muita qualidade, visual um pouco apagado mas presença estrondosa em palco! Muito bom realmente. Logo de seguida assistimos a Vidoll, outro excelente concerto! Apesar da sua pequena mudança mais recente não aprazer muita gente adorei vê-los em palco e adorei a set list que tocaram, onde deram também a conhecer ao público a sua nova música que não consegui apanhar o nome que por sinal gostei imenso! Grande concerto por uma grande banda, nada que não tivesse à espera, parabéns aos Vidoll pela excelente prestação neste festival! Após este concerto fizemos uma pequena pausa para comer, descansar e comprar alguns "artist goods", comprei uma t-shirt de Versailles, uma prenda para a Van, e uma rosa de Versailles muito bonita que dava luzes que a perdi logo após o concerto (no dia anterior tinha comprado uma mala de D) e assistimos ao concerto de heidi. perto do Takeru e do Masato dos SuG. De seguida para conseguirmos apanhar lugar para Versailles fomos lá para a frente no Fashion Show, que sempre deu para rir um bocado com as modelos que parece que se iam partir aos bocados cada vez que davam um passo (risos) apesar da música que utilizaram ser imensamente irritante e estar demasiado alta.
Momentos depois... começou o que já estava à espera há anos... um concerto de Versailles.
Começaram com a Prelude, onde iam entrando os membros da banda um a um. Primeiro Yuki, depois Teru, depois Hizaki e por fim Kamijo. O lugar do nosso querido Jasmine You permanece com a sua guitarra baixo predilecta a marcar onde antes esteve um grande baixista. Seguiu-se uma muito boa performance de Aristocrat's Symphony, na qual a banda esteve muito bem incluindo o baixista de suporte You de Matenrou Opera que estava muito bem treinado, pronto e à altura do desafio. Seguidamente foi tocada The Red Carpet Day que puxou imenso pelo público. Depois foi a vez de Ascendead Master... emocionei-me muito durante o concerto e principalmente nesta música pois foi a última em que o Jasmine You entrou num PV. Quando o Kamijo apresentou os membros da banda e chegou à vez do Jasmine, agarrou a guitarra baixo e gritou o seu nome, o que fez muita gente começar a chorar (inclusive eu). A música final foi The Revenant Choir onde foram mandados confetis para os fãs utilizarem no furitsuke. Hei-de guarda-los para sempre. Quero mais. Quero mais Versailles... Mudaram a minha vida. São definitivamente os meus ídolos e faria tudo por eles. Amo os Versailles!!
Ainda vimos um bocado de The GazzettE que me pareciam estar em muito boa forma!
Depois rumámos à Yoshida House para fazer o resto das malas e ir para o aeroporto, trajecto que se tornou mais árduo devido às duras condições atmosféricas. Dormi maior parte da viagem Tokyo - Londres, estive acordada apenas uma hora e mais qualquer coisa, o que me funcionou quase como um analgésico para as dores físicas e espirituais. Estamos de volta ao nosso suposto país, porém não me sinto bem-vinda e em casa... Onde pertencerei eu?
Ficará para outra entrada as dúvidas existenciais e a lista do que me agradou e não me agradou em terras nipónicas!!
Muito obrigada por lerem mais uma vez o meu blog!!

Mood: Taciturna
Song: Malice Mizer - 追憶のかけら


Wednesday 28 October 2009

Tokyo... La reverie... (Parte I)

foto de D com o novo visual do single Tightrope (copyright by Avex Trax & D)

Venho finalmente, já em terras lusas descrever os derradeiros dias deste sonho tão efémero que foi Tokyo. Terminará com esta entrada o estilo de narrativa "on the road" (ou talvez ainda não).
O Décimo-Quinto (sáb. 24 de Out.) e Décimo-Sexto (dom. 25 de Out.) dias foram passados no excelente V-Rock Festival.
No primeiro dia, sábado, chegamos atrasados. Pensávamos que a viagem até Makuhari Messe seria mais curta, porém levou cerca três horas o que resultou na perda SEX MACHINE GUNS e SuG. Fiquei triste de ter perdido a maior parte do concerto de Penicillin, banda que aprecio bastante, principalmente os trabalhos mais antigos. Do pouco que vi o Hakuei parecia-me bastante em forma (para variar), porém não posso falar mais sobre este concerto pois não o presenciei na totalidade. Após explorarmos um pouco o recinto fomos logo para o palco onde iriam actuar os D e onde infelizmente tive de assistir à totalidade de uma banda que particularmente abomino, os jealkb. Para mim foi extremamente aborrecido dado a não simpatizar nada com o som e visual destes senhores porém devo dar a mão à palmatória e tenho que admitir que têm uma excelente presença em palco, o que tornou menos doloroso ter de suportar o concerto de uma banda que não se gosta. Ao fim desse tempo que pareceu demasiado demorado de espera entraram em palco os D. Os grandes D. Senti o meu pobre coração pequenino e apertado cada vez mais à medida que davam entrada os membros no palco: Primeiro Hiroki, de seguida Tsunehito, Hide-Zou e Ruiza... e por fim Asagi. Vinham com os seus últimos costumes, do single Tightrope. Desapontamento toma conta de mim quando me apercebo que os meus ídolos apenas tocam cinco músicas. Demasiado curto. A setlist poderia ter sido um pouco mais bem escolhida (na minha opinião claro) mas também é já um "síndroma" de D a que estou habituada: set lists que parecem demasiado maçudas dado à escolha apenas de músicas que se encontram em álbuns, e não de singles. Gostei de ouvir particularmente a Tightrope, a Night-Ship D e a Yami Yori Kurai Doukoku no Acapella to Bara Yori Akai Jounetsu no Aria. Extremamente boa presença em palco no geral. O Asagi cantou muito bem porém às vezes parecia demasiado "apressado", talvez estivesse um pouco em baixo de forma. O Ruiza foi uma surpresa pela negativa pela falta de movimentação e inércia em palco à qual não estou habituada a ver nos concertos gravados aos quais já assisti. O Hide-Zou uma grande surpresa positiva, pois costuma ser o mais, digamos, "apagado" e mostrou-se muito cúmplice com o público, desafiando-nos muitas vezes a sermos mais enérgicos, apesar de ser o membro da banda do qual gosto menos fica marcado como o mais energético e cativante durante este espectáculo. O Tsunehito já nos habituou com uma performance muito mais "low-profile" da que víamos em trabalhos anteriores, não tendo muito a acrescentar sobre este membro pois não difere nada da prestação mais recente que têm dado nos últimos concertos, boa postura em palco e excelente baixista. Hiroki sempre com a mesma postura calma e sorridente a que já estamos acostumados, excelente prestação como habitual, dos bateristas que mais admiro.
Após o breve mas de qualidade concerto de D fizemos uma pausa para comer alguma coisa, fumar um cigarro e descansar um pouco para o seguinte concerto que assistimos, Alice Nine. Alice Nine foi uma grande surpresa pela negativa. Não sou grande fã da banda porém não há nada que consiga destacar positivamente da prestação deste quinteto já conceituado. A única música na qual se mostraram mais energéticos foi a Rainbows, restante sendo um concerto extremamente aborrecido e pobre visualmente, vocalista e guitarrista muito em baixo de forma na minha opinião, parecendo quase estarem a tocar lá "por favor". Pessoalmente morri de aborrecimento e quase adormeci neste espectáculo. Seguimos depois para D'espairs Ray. Também não sou fã especialmente desta banda, porém surpresa muito positiva. Grande prestação e presença em palco. Apesar do visual simples conseguiram montar um espectáculo cativante, energético e muito bom visualmente. Hizumi em muito boa forma, principal destaque para a Garnet, apesar de estar um pouco modificada, Redeemer e Trickster. Os meus parabéns aos D'espairs Ray, pois deram dos concertos mais cativantes do festival inteiro, tive bastante gosto em vê-los, muito bons profissionais e estrondosos em palco!
Seguidamente começou Doremidan, que foram muito bons também. Gosto imenso dos trabalhos da banda que conheço apesar de não ser conhecedora profunda da discografia destes senhores. O furitstuke é muito divertido, energético e fácil de acompanhar, têm um ritmo e ambiente totalmente contagiante. Especial destaque para a minha música predilecta que tocaram em último lugar, a Seisshun Roll-Over. Houve uns pequenos acidentes no final do concerto devido ao palco estar talvez molhado apesar de desconhecer as razões que podem ter levado ao mesmo estar em tais condições, pois o guitarrista (se a memória não me trai) escorregou e caiu palco abaixo, e o vocalista também ia caindo. Tive pena que uma prestação tão boa corresse assim no final e espero que ninguém da banda se tenha magoado.
Seguiu-se o grande concerto de Moi Dix Mois. Não me vou alongar muito nesta banda pois já todos vocês sabem do que estou a falar muito bem. Mais que estrondosa presença em palco, tanto que a presença do Mana fez com que me emocionasse ao ponto de chorar quase o concerto todo. O Seth é dono e senhor de uma grande voz, está de parabéns também pela sua prestação. O único ponto negativo que tenho a apontar é exclusivamente pessoal dado a que não sou muito fã dos trabalhos recentes da banda, nomeadamente do álbum posterior ao Nocturnal Opera, o Dixanadu, na minha opinião nota-se um grande desleixo da banda em termos de composições. As novas músicas também não me encantaram, porém pode ser apenas por ser primeira vez a ouvi-las (se bem que sou uma pessoa de gostar logo das músicas à primeira). Esta banda está de parabéns, e ver o Mana ao vivo é totalmente diferente de na gravação, emana uma energia verdadeiramente emocionante, graciosa e linda de todas as formas possíveis e imaginárias.
Depois deste concerto comecei a sentir-me verdadeiramente mal, estava a arder em febre e senti-me prestes a desmaiar, falta de descanso, horas de sono, muito tempo em concertos e duas coca-colas e metade de uma salsicha na barriga o dia todo. Vi D'erlanger muito ao longe infelizmente pois desejava muito ver o seu concerto pois sou grande fã de um álbum da banda. Porém grande desilusão pois não gostei nada do que ouvi e vi. Achei uma prestação demasiado dispersa e caótica. Destaque para a performance surpreendente do Kyo, vocalista, pois deu um grande espectáculo mesmo assim. La Vie en Rose foi a única música que adorei (lógico!)
Fomos para casa a muitíssimo custo, porém lá chegamos, para mais um dia a levantar às 6 da manhã, mas desta vez sem directa.

Tenho muita pena de vos deixar a meio da entrada, contudo ainda estou cheia de jet-lag e demasiado doente para ficar no computador durante muito tempo sem ter dores horríveis na cabeça e corpo, por isso imploro por mais umas horas e amanhã estará publicada a segunda parte desta entrada, e a descrição detalhada dos concertos que assistimos no segundo dia do V-Rock Festival, domingo. O dia que mudou a minha vida pois vi Versailles...

Oyasumi!

Friday 23 October 2009

Tokyo... Je t'aime...

foto de muito formosa flor no Yoyogi Park.

Estágio de preparação para voltar a Portugal...
Contudo nem tudo são lágrimas pois ainda vamos ter a peripécia do V-Rock Festival!
Também vou resumir os nossos últimos dia em Tokyo, que nada foram atribulados comparando com os primeiros dias de azáfama em terras nipónicas.

O Décimo-Segundo dia (qua. 21 de Out.) fomos a Takadanobaba e Ikebukuro. Eu, o Kiaiku e o BaRu,, rumámos ao book-off de Takadanobaba. Lá encontrámos o segundo álbum de Malice Mizer, voyage ~sans retour~, o que foi um grande achado, comprei também para mim o álbum Nostal Lab de Klaha. Depois zarpámos rumo a Ikebukuro, onde comprei uns ténis super "pintas", visitámos de novo o enorme game center onde consegui tirar um Stitch para o telémovel <33

O Décimo-Terceiro (qui. 22 de Out.)
foi um dia que passei em casa pois acordei mesmo muito doente, e passei o dia no quarto a ver televisão e a tentar recuperar, porém como o quarto que me calhou a mim ao Kiaiku é bastante poeirento faz-me muito mal à alergia, o que ainda piora o meu estado. Existem baratas também.

O Décimo-Quarto dia (sex. 23 de Out.) ou seja, hoje, foi o dia de arrumar quase tudo nas malas para irmos descansados para o V-Rock Festival, sem termos preocupações pois o tempo será bastante reduzido, o festival irá ocupar-nos os dois dias restantes inteiros. Amanhã teremos que levantar às 6 da manhã para conseguirmos chegar lá à abertura das portas que será às 11 horas.
Depois irei fazer uma entrada que englobará os dois dias do V-Rock Festival e um balanço das coisas positivas e negativas que penso deste país, no pouco tempo que aqui estive.

Foi bastante breve e tenho imensa pena, porém intenciono voltar aqui novamente!

Muito obrigada aos que lêm assiduamente o meu blog, e esperem por mais entradas que serão muito mais interessantes que esta de certo!

Oyasumi!

Tuesday 20 October 2009

Tokyo mon amour...

foto Maeve & Kiaiku na ponte de Harajuku

A vida é mesmo cor-de-rosa em Tokyo. Parei um pouco a vida atribulada neste momento para vos descrever como foi o nosso fim-de-semana e primeiros dois dias da semana. Ainda me sinto adormecida. Em todas as viagens de comboio para o coração da cidade sinto-me taciturna e incrédula a observar a paisagem que desfila perante os meus olhos pelas janelas imaculadas dos comboios da Seibu line. O céu parece-me diferente, mais ao meu alcance. Aqui parece fácil sonhar, parece fácil sermos quem somos e amarmos tudo. Aqui até gastar dinheiro é fácil.
Amo o Japão.
Posso dizer que é o meu segundo amor... Tokyo... Mon amour...


O Sétimo Dia (sex. 16 de Out.) foi dia de visita a Shinjuku e Shibuya!
Fui pela primeira vez à maior Like an Edison e ao Jishuban Club e foi simplesmente magnífico. A Like an Edison não foi nenhuma surpresa no geral, porém consegui arranjar o primeiro álbum de Lareine (*o*) que nem sequer estava exposto, apenas o tinham em armazém! Seguimos após para a loja no outro lado da rua (basta passar a estrada) e deparo-me com outra loja especializada na venda de cd's Visual kei. No Jishuban Club ao comprar cd's oferecem um desconto, e ao utilizar esses mesmos descontos oferecem outros ainda mais altos. O Paraíso na terra para qualquer fã de Visual kei. Quando saímos dessas lojas resolvemos jantar num restaurante tradicional japonês, no qual comemos carne de vaca com milho na chapa acompanhado do belíssimo arroz japonês do qual vou sentir imensas saudades. Achei bastante engraçado quando nos sentámos nas mesas foram-nos logo servidos copos de água, os quais eram sempre enchidos quando ficavam vazios sem qualquer custo adicional à conta final do restaurante. As ruas de Shinjuku à noite são simplesmente maravilhosas, muitos karaokes e como podem facilmente imaginar toneladas de neon, é como se estivéssemos num mundo à parte.
Depois do delicioso e não muito económico jantar rumamos a Shibuya. Simplesmente maravilhoso. Ao atravessarmos a enorme passadeira deparámo-nos com o anúncio ao V-Rock festival que passava num dos ecrãs gigantes, rumamos então à Tower Records, uma loja enorme de seis pisos (salvo erro) só de música. Logo no primeiro piso, de entrada, estão os destaques da nova música que chegou à loja, e qual não foi o meu espanto que cada pequena secção dedicada a cada artista tinha uma pequena televisão a passar um PV e essa mesma secção completamente personalizada com o tema do artista. Fomos para o piso dos J-Indies, onde se encontrava a pequena grande secção de Visual kei. Consegui comprar um album de Raphael que estava esgotado em todo o lado que tinha ido, desde book offs ás lojas especializadas.
Passámos pela loja da Disney que estava infelizmente fechada contudo valeu a pena pois é em forma de castelo, parece que entramos numa atmosfera encantada, no meio de arranha-céus e ruas movimentadas e iluminadas jaz um belo castelo ao estilo da Bela Adormecida. Um mimo para qualquer pessoa que seja aficionada ou apenas nutra algum gosto especial pelo mundo encantado da Disney. Passamos por uma rua frequentada por pessoal do hip-hop. Curioso as horas de solário que aquelas pessoas têm em cima. Ficamos um pouco no smoking point que dá para a avenida e observamos os diferentes estilos que se cruzam aqui nesta cidade maravilha, cada um mais extravagante e criativo que o outro, o que é muito curioso de observar, principalmente para aqueles que gostam de apreciar os estilos criados nas ruas. Passámos para a frente da entrada da estação onde pudemos observar várias gravuras do cão Hachi nas paredes e vários business men muito mal dispostos sentados perto da entrada. Também observamos uma banda que estava a encontrar-se para ir a algum sítio, com as suas guitarras ás costas. Muito inspirados por sinal. Os comboios são extremamente confortáveis e dão imensa vontade de dormir, onde por acaso dormi a viagem toda. Chegamos a casa para descansar ao fim de mais um dia atribulado.

O Oitavo Dia (sáb. 17 de Out.) foi passado a descansar em casa, jogar as cartas. Um dia péssimo em termos de tempo, muita chuva, parecia um dia de Inverno rigoroso. Sem mais nada a acrescentar neste dia.

O Nono Dia (dom. 18 de Out.) foi mais um domingo para visitar o Harajuku. Fomos até à ponte onde vimos uma "parada" de hippies ou qualquer coisa do género, assim muito random, mas na mesma muito engraçado. Seguimos então para o parque Yoyogi, que é um paraíso na terra, lindo como Éden, e também muito bom para os amantes de natureza e animais. Muitos cães pequeninos mesmo lindos muitos passeados em carrinhos semelhantes aos carros de bebés existentes em Portugal. Avistamos um sósia do Rasluka e um senhor com três coelhos muito amorosos que estavam mais interessados em copular do que propriamente desfrutar do que o belo jardim tinha para lhes oferecer (os coelhos claro). À saída o jardim parámos para observar o lindíssimo leque de flores que lá se encontrava. Fotografei boa parte delas para depois recordar e mostrar a alguns amigos num serão que há-de ser feito na minha casa. Paramos também para observar o Harajuku Gang que dançava ao som do antigo Rock'n'Roll japonês. Vimos mais um pouco de Harajuku e depois rumámos a Akihabara. Comprámos adaptadores (finalmente!) e começamos a nossa visita pela Electric City!! Fomos a um book off onde compramos mais oldies de Visual kei (claro!), visitamos também uma sex shop que mais parecia uma casa de cosplay com seis pisos onde comprei também uma lembrança. As sex shops japonesas são do mais inspirado que se possa imaginar, quem quiser detalhes falar particularmente comigo. Entrei sem nenhuma noção de que aquilo era uma sex shop, é incrível a maneira como os japoneses conseguem dissimular as coisas. Jantámos no KFC que a Ella detestou e destaque em grande para a Fanta Melon que é simplesmente orgásmica. Tirando o que já sabem, os game centers, lojas repletas de animes e respectivos merchandisings Akihabara é um sítio bastante ecléctico, nunca pensei que fosse gostar tanto. Antes de rumarmos a casa ainda parámos num game center para mais purikuras contudo não ficaram tão boas como as primeiras!

O Décimo Dia (seg. 19 de Out.) foi um dia espectacular pois finalmente quebramos um pouco a nossa dieta extremamente rigorosa de fast food e ramen! Eu o Kiaiku e o BaRu,, rumamos ao supermercado Nos Vos para comprarmos ingredientes para confeccionarmos a nossa própria comida caseira, onde fomos recebidos com alguns olhares de reprovação por parte das pessoas mais idosas pois não devem estar habituados a ver estrangeiros a fazer este tipo de compras mais "caseiro". Compramos uma grande variedade de alimentos que sinceramente nunca pensei que tivessem com tanta variedade aqui. Quando chegamos a casa eu e a Ella fomos para a cozinha o que deu num delicioso prato de carne de porco com pimentos verdes e cebola, arroz japonês a acompanhar e batatas fritas (saudades!) . Um vizinho nosso Tchetcheno ainda nos ofereceu gelado, o que tornou a refeição ainda mais aliciante, regada pela deliciosa Fanta Grape.
Adorei o dia pois também gosto muito de cozinhar e a Ella é excelente na cozinha portanto fazemos uma muito boa equipa. Os ovos aqui são excelentes também. E assim terminou o nosso dia.

O Décimo-Primeiro Dia (ter. 20 de Out.) foi um dia muito especial para mim, pois visitei com o Kiaiku o Nekubukuro. Foi uma experiência muito nossa e ficamos imenso tempo lá, parece que o tempo não passou, foi das experiências mais inesquecíveis das nossas vidas. Vi várias raças de gatos que sonhei ver desde pequena pois sempre fui aficionada em gatos, e dos primeiros livros que li, com cerca de quatro anos foi uma enciclopédia muito maçuda sobre gatos. Porém devorei-a com o maior interesse. Foi dos melhores momentos da minha vida. Mais tarde junta-mo-nos à Ella e ao BaRu,, que não visitaram o Nekobukuro por motivos económicos e fomos ao andar do merchandise onde me deparei com a versão Hello Kitty do Yoshiki dos X-Japan, a Yoshikitty, onde comprei um acessório de telemóvel muito giro para a minha querida mãe que tenho muitas saudades dela. Tenho a certeza que ficará radiante. Seguimos depois para a Saizerya para jantar (e beber em bar aberto o refrigerante Melon da Suntory, muito semelhante à Fanta Melon) e depois perdemo-nos nos enormes Game Centers onde passamos os resto da noite. Ao irmos para a estação de Ikebukuro depará-mo-nos com o Teruki, baterista dos An Café, o que não deixa de ser curioso!! Não há muito mais a acrescentar sobre este dia, tirando que foi dos melhores que passei em terras nipónicas.

Espero que tenham tido paciência para ler este novo testamento, e peço desculpa se está incompleto ou demasiado sucinto, porém a bateria do portátil está a terminar e estou bastante confortável no jardim da Yoshida House na companhia do querido café e dos amados cigarros (também da Ella e do BaRu,,).
Muito obrigada por lerem e comentarem o meu blog, estou bastante surpreendida pela positiva que tenham curiosidade e sobretudo paciência para o seguirem!!

Oyasumi!!

Thursday 15 October 2009

O Sonho de Tokyo

foto: Kiaiku no jardim da Yoshida House, no nosso dia de chegada.

Este é o meu sexto dia na capital nipónica, já tinha saudades de escrever aqui!
Por incrível que pareça, parece que não estou acordada de maneira alguma.
Tudo é semelhante a um sonho bastante realístico. Tokyo é tudo o que imaginava e muito, muito mais além, tanto que nem tenho palavras que sejam suficientemente adequadas para descrever este sonho da vida real.
Esta entrada será um pouco diferente das minhas entradas usuais, pois será mais em tom de diário das coisas mais relevantes (espero que a memória me deixe mesmo reunir todas, pois a vida neste país é completamente incrível e ocupada) das minhas aventuras com o Kiaiku, Ella e BaRu,, no Japão.

No Primeiro Dia (sáb. 10 de Outubro) logo após a cansativa viagem de muitas horas vimos pela primeira vez a "Yoshida House", sítio onde iríamos chamar "casa" nos dezassete dias seguintes. Estivemos um pouco a arrumar os quartos e "zarpámos" de imediato para o Ikebukuro, com finalidade de acharmos a live house "Ikebukuro Cyber" onde os Clearveil dariam o seu segundo One Man. As portas do concerto abriam as 18h, não tínhamos bilhete não fazíamos a mínima ideia de onde o local se situava. Foi uma aventura e tanto, contudo com a preciosa ajuda de es eum senhor polícia lá achámos o sítio. A porta tinha dois bouquets enormes de flores, um das exist trace e outro penso que fosse mesmo da Undercode Productions a felicitar a banda pelo One Man. Falamos com duas japonesas muito simpáticas e prestáveis que nos indicaram onde compraríamos bilhetes e antes de darmos conta já estávamos os quatro com montes de flyers de bandas e um DVD exclusivo que haveria sido distribuído ao público, este DVD contém concertos anteriores da banda. Com algum esforço, pois o recinto estava cheio e era pequeno o Kiaiku e o BaRu,, conseguiram ir buscar as bebidas (cerveja Sapporo!) que tínhamos direito ao termos comprado o bilhete. O concerto começou pouco tempo depois. A novidade para mim não foi em si ver uma banda de Visual Kei, pois já havera visto, foi mesmo pela diferença de públicos. O público Visual Kei japonês é imensamente diferente do nosso. Para dizer a verdade na minha humilde opinião, acho muita piada ao furitsuke e à maneira de curtir concertos japonesa, contudo achei demais pois senti que as miúdas são bastante fangirls (o que me irrita imenso, tanto no ocidente quanto aqui) e que estavam ali apenas para fazerem, como quem diz... "passagem de modelos" e saberem o furitsuke e simplesmente acho que não sentem a música... pelo menos na nossa definição de sentir. Foi um choque que posso dizer que seja um pouco negativo, esperava algo mais "humano". Já os artistas têm uma presença em palco estrondosa e verdadeiramente graciosa e mais que tudo, genuína. Admiro bastante como tem a aptidão para estar a tocar de uma forma tão maravilhosa, por mais pesada ou complexa que seja a música parece que "não lhes custa nada". Os pontos altos do concerto a meu ver foram quando o Nozomi, guitarrista da banda foi para o público e abraçou-se ao BaRu,, arrastando-o quase para o palco enquanto tocava (porém antes de o abraçar bateu com alguma força com o braço da guitarra no meu braço, onde parou um bocado e lançou-me um olhar super querido de "gomen nasai") e depois também saltou com o Kiaiku ao som da música. Sem esquecer (para mim o ponto mais alto da noite) o instante em que vi o Kisaki, mesmo perto de nós na varanda de cima (não era muito alta). Para mim foi um "choque" pois é um dos meus grandes ídolos, aquela pessoa mítica, que adoro tudo o que se envolve, desde Matina Records à Undercode Productions estava ali, descontraidamente sentada mesmo ao lado do Hyoga (baixista de Megaromania) a ver o concerto. O Hyoga sorriu de forma tímida para mim e para a Ella varias vezes, o que achei totalmente enternecedor. <3>
O concerto foi dos melhores (a par com o de Mix Speaker's,Inc.) que já fui. Depois de termos saído do concerto tivemos que "circular" daquela pequena rua pois uma membro do staff da live house assim nos pediu, por causa das fangirls. (risos) Ainda parámos no Mos Burguer, uma cadeia de fast food exclusivamente japonesa, na minha opinião é razoável porém também sou suspeita pois não sou nada apreciadora de fast food. Fomos para casa de seguida.

O Segundo Dia (dom. 11 de Outubro) foi reservado a Harajuku e Shinjuku. Partimos cedo para Harajuku, desta vez também acompanhados do Ti e da Chérie. Estivemos algum tempo na ponte de Harajuku o que para mim se revelou um pequeno desapontamento pois não têm o espírito que estamos todos habituados a ver nas fotos, existem muitos estrangeiros (mais do que deviam) e pouca gente a mostrar os outfits. Os estrangeiros são bastante indelicados pois tiram fotografias e filmam sem pedir autorização, o que me desagradou imenso. Já uma família de japoneses pediu para nos fotografar e pediram licença, muito cordiais e pensavam que éramos de Londres. Mais à frente outro japonês pediu para me fotografar, o que me faz pensar na delicadeza e educação deste povo em contraste com o português e/ou Europeu/Ocidental. Estivemos um pouco perto de um estádio onde decorria um concerto da banda SID. Seguidamente seguimos para a zona comercial onde visitámos o TamaDepa e BodyLine (compras!) porém não visitamos mais pois estava muita gente na rua e tornava-se impossível fazer o que quer que fosse. Depois separámos-nos do Ti e da Chérie que foram para Shibuya e nós rumámos a Shinjuku para comprar bilhetes para o live de Megaromania/Arc que aconteceria no dia seguinte da zona de Meguro. Andámos três horas para encontrar a loja Like an Edison onde iríamos comprar os bilhetes. Vimos imensos arranha-céus na zona empresarial de Shinjuku e estes eram verdadeiramente impressionantes. Depois avançamos para a zona comercial onde tivemos o primeiro contacto com Game Centers (nomeadamente a SEGA) e com casas de pachinko que fazem uma barulheira incrível. Jantámos numa cadeia de fast food japonesa chamada Lotteria, onde deu para termos um pouco de contacto com as maneiras deste povo tão curioso que é o japonês. Fomos para casa a seguir.

O Terceiro Dia (seg. 12 de Outubro) rumámos ao Meguro Rock Meykan e foi todo ocupado pelo concerto de Megaromania e Arc, pois era um concerto com se a memória não me falha, 8 bandas, algumas das quais gostei bastante, Gene por exemplo, tinham um baterista ocidental, também apreciei bastante uma banda recente de música electrónica um pouco ao estilo de Schwarz Stein chamada Fenrir. De seguida tocaram os Arc e depois Megaromania, onde amei de todo o concerto, têm uma presença em palco fenomenal, Megaromania têm tudo para se tornar das maiores bandas de Visual kei da história. Presença majestosa e imponente que relembra bastante Malice Mizer. Os pontos curiosos deste concerto é que os singles de Megaromania eram extremamente baratos, havia isqueiros à venda e comprei um, bebemos uma bebida de Vodka com Coca-Cola (faz me lembrar festas na casa da Dark Isis) que se vende nas vending machines e o Kisaki e Hisayoshi (baixista de Clearveil estavam a assistir também ao concerto. Após termos saído famintos e cansados dos concertos parámos novamente num Mos Burger para comer. No caminho para casa verificamos uma situação deveras curiosa, em que um "business man" entra no comboio bastante mal disposto que vomita tudo em seu redor. Ficou tão embaraçado que saiu do comboio na estação a seguir. Foi uma situação peculiar observar também a reacção das pessoas circundantes, onde ninguém falou alto ou reclamou, apenas se desviavam um pouco enojados do vómito ou faziam caras engraçadas. Realmente tem tudo a ver com a reacção das pessoas em Portugal dada uma situação semelhante... Chegamos a casa sãos e salvos e não levamos com vómito felizmente!

O Quarto Dia (terça 13 de Out.) foi um dia mais calmo, um dia que tiramos para descansar desta azáfama que tem sido o nosso quotidiano no Japão (como se costuma dizer, não mata mas mói).
Neste dia o Kenta veio de Osaka para nos visitar! Já tinha muitas saudades dele e foi bastante agradável passar este dia com ele! Estivemos a tarde toda juntos a fumar no "nosso" jardim Zen e mais tarde fomos todos jantar ao family restaurant Saizeriya onde se faz comida italiana/americana com um toque japonês muito típico deles. Neste restaurante os pratos são bastante acessíveis, pode-se fumar, podemos ficar o tempo que nos apetecer, temos um drink bar aberto, ou seja, pagamos um tanto e podemos estar sempre a tirar as bebidas que queremos, quentes ou refrigerantes, e para chamar os empregados utiliza-se uma pequena campainha electrónica que se encontra em cima da mesa. Tem um ambiente muitíssimo acolhedor e quase se adormece lá pelo conforto. Altamente recomendável a quem visita Tokyo e gosta de ambientes descontraídos, comer bem e em conta. De seguida rumamos a casa, parando sempre no caminho numa combini, para comprar pequeno-almoço, tabaco, água, leite e outro tipo de coisas úteis. Um dos grandes lemas do Japão: Conveniência.

O Quinto Dia ( qua. 14 de Outubro) foi a total e completa corrida ás compras. Finalmente um dia calmo em Harajuku, foi praticamente o dia todo a comprar até cair. Não há muito a dizer sobre uma "shopping spree", acho que vocês sabem bastante bem o que é isso. Fiquei de queixo caído com a quantidade de lojas a vender coisas inimaginávelmente giras e de preço acessível. Desde lojas apenas dedicadas a produtos para decorar telemóveis, a lojas de merchandising de ídolos e bandas de Visual Kei (por acaso numa destas lojas comprei prendas para a Dark Isis e para a Aiko, não parei de pensar nelas ao ver certas coisas!) lojas de roupa alternativa acabando em lojas de piercings nas quais NÃO se faz piercings. Vendem os piercing mais loucos que podem imaginar, acompanhados da peculiar mas prática máquina de fazer piercings portátil, que pelo que constatei estão na berra por terras nipónicas. Funciona como a nossa famosa "pistola" de ourivesaria, porém mais pequena, escolhemos o sítio que queremos e o piercing e o design da máquina são diferentes para cada local, já vêm com uma espécie de anestesia e com uma pomada para cicatrizar, tudo isto por uma módica quantia de 3000 yens. Impressionante não? Quem daí tem coragem para fazer um? Estive mesmo para comprar uma, todavia o facto de não estar habituada à ideia tornou-me um pouco reticente e indecisa acabei por não comprar, pelo menos por agora. As pessoas são imensamente simpáticas e cordiais e as lojas de sapatos são amor em Harajuku. Fomos também ao shopping Laforet, que é o shopping que beneficia de mais remodelações em períodos deveras curtos de tempo, para acompanhar sempre as tendências da moda. O andar de baixo é reservado a lojas de roupa mais orientadas para o estilo mais alternativo, onde têm também uma Like an Edison.com, uma versão mais pequena da loja original. À vinda, já em Oizumi Gakuen parámos no McDonald's para beber uma Fanta, quando saímos estava a chover a cântaros (mais tarde nas notícias viemos a saber que foi uma tempestade que passou que fez descarrilar até um comboio e vários postes caíram) resumindo e concluindo, chegamos completamente encharcados a casa (tinhamos comprado dois guardas-chuvas no Laforet, mas como é lógico, no meio daquela chuva todo não houve guarda-chuva que nos salvasse de chegarmos completamente encharcados). Constipei-me. Ainda me dói o corpo todo, espirro e tusso imenso. Os meus sapatos ainda estão molhados e não os consegui calçar, ando temporariamente com os creepers do BaRu,, (doumo arigatou BaRu,,). Foi um dia muito cansativo no qual desmaiei literalmente assim que me deitei no futon, ainda com o Kiaiku a limar-me as unhas. Foi um dia fantástico apesar de tudo (compras!)
ps: Tirámos umas purikura fantásticas! Aquilo é a coisa mais linda que já vi, apesar de stressante!! (risos)

O Sexto Dia (qui. 15 de Out.) acabará portando dentro de instantes (apesar de já ser 16 de Outubro pois já passa da meia-noite) quando me for deitar pois as horas já vão avançadas. Fiquei em casa com a Ella durante a tarde para tentar recuperar do resfriado enquanto o Kiaiku e o BaRu,, foram a Shinjuku novamente à Like an Edison comprar alguns CD's, fiquei radiante quando recebi as prendas!! Depois fomos novamente jantar à Saizeriya, ficando lá um bom tempo a relaxar e conversar. À ida para casa depará-mo-nos com um Book Off!! Foi de loucos ficamos lá imenso tempo. Conseguimos comprar oito CD's por apenas 2000 yens. Oldies de Visual Kei como eu adoro. Parece de loucos não? Chegamos a casa um pouco tarde pois fomos demorando aqui e ali, deliciados com a magia que se encontra espalhada pelas ruas de Tokyo. irei parar por aqui e deitar-me, pois já são quase quatro da manhã. Amanhã iremos a Shinjuku e Shibuya, por isso esperem por novos relatos! Peço perdão se forneço informações irrelevantes, mas é tanta coisa que a minha capacidade de escolha encontra-se bastante reduzida no momento.
Muito obrigada desde já aos santos que têm paciência para ler este testamento!
Espero que tenham todos esta oportunidade única e surreal para pisar solo neste país e poderem fazer vida nele, nem que seja apenas por quize dias.

Oyasumi!!

mood: Exultante
music: Megaromania - Transparent Shine

Wednesday 7 October 2009

Sentimentos


Esta será a minha última noite de sono em nossa casa...
Deixarei tudo arrumado e intocado para o nosso regresso...

Os Sentimentos ultimamente têm sido descontrolados, tão inconstantes como uma montanha russa. Num minuto está tudo bem, tudo determinado de uma maneira, no instante seguinte está tudo a desmoronar-se. Sinceramente, compreendo o porque de agirem desta forma, é uma situação complicada e cheia de espinhos, espinhos estes prontos a magoar quem quer se aproximar deles. Porém não é justo. Não é justo que paguemos por um crime que não cometemos, nem tampouco ajudamos a cometer. Contudo ao longo da humanidade o que mais houve foram pessoas que pagaram pelos crimes das outras. As outras riem-se. Outras sofrem sem culpa. Ninguém é inocente. São sim injustiçados. Algo a que me fui habituando com o tempo foi ter os meus sentimentos arrancados como por um furacão, varridos como se de lixo se tratassem. Cheguei à triste conclusão que o ser humano é o ser vivo mais egoísta que povoa o planeta Terra. Muita gente não liga aos meios para atingir fins, sejam os "meios" ou "fins" quais sejam. Entristece-me. Não sou inocente. Não posso atirar pedras aos outros pois também tenho os meus "pecados", tal como toda a gente, todavia situações mais elaboradas e rocambolescas nunca as comecei, pois nesse aspecto quem me conhece bem conhece também bem a minha ingenuidade. Sou uma presa fácil, quem quiser enganar-me fá-lo. Isto deriva de pensar que há ainda pessoas puras, com sentimentos transparentes e claros como água. Oh... Como me engano redondamente! Finalmente penso que terei levado os "tombos" suficientes para aprender a não confiar. Posso afirmar que só confio plenamente em cinco pessoas, e vivo num medo constante de as perder ou perder esta confiança.
Tenho saudades quando era mais jovem e acreditava que a vida era linda, e que todos eram meus amigos, e que ninguém me desiludiria.
Os anos passaram e também veio a descrença, a desilusão, porém também a verdadeira amizade foi-se solidificando e o amor verdadeiro apareceu, surpreendentemente numa bela noite de verão num jardim que mais parecia um sonho:

Apaixonei-me por alguém que ainda hoje penso que seja uma criatura encantada de um belo folclore místico desconhecido. Apaixonei-me por alguém que tenho a absoluta certeza que ficará do meu lado até a morte me levar. Queria agradecer profundamente a este anjo que me salvou de me tornar uma pessoa como muitas outras, vazia e sem escrúpulos. Porém esta criatura encantada surgiu e embalou-me com a sua melodia, espantou para bem longe todos as criaturas negras que povoavam o meu coração e mente. Nunca pensei que este anjo poderia ser tocado por mim de uma forma tão profunda. Nunca pensei que este anjo me elevasse a cima tudo o que se pode chamar "vida". Dedico a este lindo e puro anjo este bocado de texto nada bem escrito, que perto dele são apenas algumas palavras atabalhoadas e sem qualquer sentido, porém, são assim que os Sentimentos são. Obrigada Anjo. Amar-te-ei até que a matéria seja apenas pó e muito, muito mais além. Sei que estaremos juntos em todos os momentos, principalmente num chamado Eternidade.
Apesar de ter este anjo, não me posso esquecer dos meus pequenos "guardiões", que são os amigos que se prologam até ao dia de hoje, que são poucos, mas de qualidade e casta superior (como os vinhos), e sim, estou a falar da Ella:
Nunca me vou esquecer da primeira pessoa que vi na minha escola secundária que era "esquisita" como eu. Desde o primeiro momento que a vi que quis aproximar-me, mas dado à idade tenra e insegurança e timidez típicas da adolescência (que graças aos deuses perdi-as às duas) nunca tive coragem para tomar aquele passo que no fundo sabia que iria ser decisivo para a minha vida e para a dela. Fiquei como quase que hipnotizada pois jamais tinha visto criatura tão exótica com um estilo tão pessoal e diferente. Fascinou-me. Penso que também por ser uma pessoa sensível às outras dei conta que a personalidade e alma dela eram de um carácter puro. Foi no final de 2003 que fomos oficialmente apresentadas e que se deu início a esta "saga" que sei que nunca irá acabar. Amo-te Ella. Também sei que estaremos juntas até o mundo acabar (Nós e as baratas mesmo no fim, não é?). Quero agradecer-te imenso por existires e quero-te elevar a um patamar muito, muito elevado. Obrigada. Por tudo. Pelos Cigarros. Pelo Vinho Tinto. Pela Amizade. Pelos Dias e Noites de Riso. Pelos Dias e Noites de Choro. Mas principalmente por estares ao meu lado "against all odds".
Irá haver um espaço aqui para mais três pessoas muito importantes para mim, continuando agora por aquela pessoa assertiva e indignada que todos nós adoramos: o BaRu,,.
O BaRu,, foi das pessoas mais importantes da minha vida, conheci-o em meados de 2003. Posso dizer que foi o meu primeiro namorado "a sério" (como dizem os miúdos). Tinha apenas 16 anos quando comecei esta relação, e como é lógico não se manteve como relação de namorados para sempre. A minha adolescência, como estou certa que de quase todos os indivíduos do sexo feminino, foi bastante turbulenta e insegura que tenho a certeza que quase levei o nosso querido BaRu,, à loucura!! E por todos estes bons anos em que me aturaste, apoiaste e ajudaste lanço-te um grande e redondo "Obrigada"! Significas muito para mim, és o meu irmão mais velho, como costumo dizer. Obrigada pela amizade. Obrigada pelos Cigarros. Obrigada pelo Vinho. Obrigada pela tua Existência. Daquele pequeno grupo de pessoas que tenho a certeza que ficará sempre do meu lado, até sermos caquécticos. Desculpa se alguma vez fui cruel e te fiz sofrer... Boa Sorte, espero que a Ayame te trate como mereces e te ame muito, imensamente muito, assim, do tamanho do mundo (que é proporcional ao tamanho do teu coração de manteiga e queijo fundido).
A outra pessoa que amo mais que tudo é a pessoa que me deu a dádiva da vida, o ser magnifico que me carregou 9 meses dentro do seu ventre e me protegeu e amou mais que tudo, até hoje, Odete, a pessoa que tenho muito orgulho de chamar Mãe. A Melhor Mãe de todo o Mundo. Queria agradecer-te por tudo. Pelas noites que me protegias quando eu tinha muito, muito medo. Pelas noites que te enfiavas na minha cama quando não passava de uma criança assustada e indefesa. Agradecer-te pelas idas ao parque onde tinha infindáveis brincadeiras que adorava. Agradecer por me ires sempre visitar ao intervalo da Escola Primária. Agradecer pelas bonecas da Sailor Moon que me oferecias e sabias que me fazias imensamente feliz pois eram as minhas bonecas predilectas. Agradecer por me teres mimado muito (e não, não é mau ser mimado por um dos pais, não é vergonhoso receber amor de um dos pais, e não, não sou uma "princesinha" mimada só por ser filha única, isso é treta de quem teve uma infância traumatizada e sem amor de ninguém, e por essas pessoas só posso exprimir a minha pena de serem tão azedas). Agradecer pelas conversas infinitas quando entrei na minha puberdade sobre coisas que poderiam vir a acontecer no futuro, ou seja, na minha adolescência. Agradecer por teres cultivado o meu gosto pela música. Agradecer por sempre me teres aceitado, mesmo quando comecei a ser "esquisita". Agradecer por teres apoiado tudo o que fiz, inclusive quando desisti da faculdade. Obrigada por tudo Mãe, nunca vou esquecer o que fizeste por mim, nem nunca vou esquecer que foste, és, e sempre serás a Melhor Mãe do Mundo. Obrigada.
A outra pessoa que é bastante importante para mim é o Kenta.
Kenta, sei que não irás perceber tudo, mas os teus "skills" de espanhol talvez dêem para entenderes este bocado. O Kenta está ao meu lado há 3 anos (salvo erro) e sempre me apoiou em tudo, nunca me julgou, é aquele tipo de pessoas "sem tretas" ao contrário de muita gente portuguesa que pensa que ele passou uma seca tremenda da JMC, coitado do Kenta. Para já nem o conhecem. Segundo ele próprio quis vir à festa. Terceiro disse-me que tinha sido a melhor festa que já tinha ido. Por isso meninas e meninos, podem descansar que ele não passou assim o pior bocado da vida dele, mas mesmo assim muito obrigada por se preocuparem com um estranho para vocês, mas grande amigo para mim. どうもありがとう健太くん。ずっとすきです。
Quero agradecer APENAS a estas pessoas tirando pessoas da minha família (Avós e prima), pois todo o resto me deixou "na mão". Espero que não destruam a derradeira promessa. Amei-vos muito, porém a minha desilusão neste momento é, infelizmente, maior que qualquer amor que possa nutrir por vocês.
Obrigada Ti, por não desistires de nos levar ao Japão. É o mínimo que podes fazer depois de tudo.

Obrigada Filipa, por não estares a ser egoísta.

Adeus Portugal, até não muito breve!

P.S.: V-Rock Festival... EU VOU! (Isso sim era uma publicidade como deve ser, não aquele fail de festival do Pop In Rio xD)

P.P.S.: Um NÃO-Obrigada a todos os que têm orgasmos múltiplos a falarem mal de artistas da cena Visual Kei portuguesa, se isso vos faz tão felizes nas vossas mentes captas ainda bem, são pessoas tão espertas e gostam tanto do Japão, mas estarei lá e rir-me-ei da vossa cara de parvas a gozar ainda com as bandas! Apenas um dia vos agradecerei se vocês desaparecerem. Poderiam contar com uma entrada muito especial para vocês, em honra do vosso desaparecimento! : D


Mood: Triunfante

Song: Sound Horizon - 石畳の緋き悪魔

Monday 5 October 2009

Vinho Tinto e Cigarros

foto: Maeve & Ella @ backstage Anipop

Já tinha falado um pouco sobre este tema que vos trago hoje noutra entrada, porém hoje irei desenvolve-lo.
Este pequeno desenvolvimento sobre estas duas coisas que são consideradas "vícios" por uns, e "alívios" para outros será dedicado especialmente para a Ella, a minha melhor amiga e companheira de muitas noitadas regadas com o belo cálice de vinho e cigarro em "riste", e também para o BaRu,, pois tem uma opinião oposta à minha e da Ella sobre este assunto.
O Vinho Tinto é para mim o néctar dos deuses, não há nada igual a desfrutar um bom vinho em boa companhia, é distinto, é das bebidas mais antigas e com mais história de sempre, como já devem saber é quase sempre referido tanto na mitologia, passando por literatura mais antiga e acabando na moderna. Vício? Não o encaro como isso, não deixaria de ser quem sou se não pudesse beber mais vinho na minha vida, porém, é quase como um "intervalo" da vida, é um momento. Momento único. Os momentos únicos são para serem saboreados como os últimos minutos da nossa vida. A vida nem sempre é gentil para quem cá está, tem que haver um tubo de escape para tudo, inclusive para a própria vida. Relacionado também com a entrada anterior que compus com o título de "Santuário". O Vinho inspira-me. Inspira-me a ser Eu. Inspira-me a escrever. Inspira-me a Viver. Viver a Vida. Viver o que tenho de bom. Que a homenagem a Baco seja contínua por muitos, muitos anos!
Quanto aos nossos queridos cigarros que tanto revoltam o nosso querido BaRu,,... Ele apronta-se rapidamente a rotular este pequeno prazer pecaminoso como um "vício". Na minha opinião "Vício" é uma palavra mesquinha, carregada de negativismo e fealdade. Porque terá que ser um vício? Morreríamos todos se não tivéssemos tabaco para fumar como se não tivéssemos água para beber? A resposta é um redondo Não, como é lógico. Mas alguém rotula a água como um vício? Não! É uma necessidade! Não me venham, por favor com explicações científicas pois sou uma mulher de literatura e abomino qualquer explicação lógica de física, química e derivados.
Para mim o cigarro não é nem nunca será um vício, é o meu pequeno prazer pessoal e desprezo sinceramente todos os que me criticam de fumar ou me aconselham a deixar de fumar para bem da minha saúde. Então quem se encarrega da saúde da minha alma? Peço por favor que não me venham encher a pouca paciência que tenho com falsas moralidades sobre os malefícios do tabaco. A única coisa que me vão conseguir arrancar é um sorriso sarcástico. Muito Obrigada pela consideração e preocupação, meus doces estranhos, porém não necessito.
Que seja idosa e esteja sempre com o meu querido cigarro em riste, acompanhada por Baco e Ella!!

Falemos de outro assunto um pouco divergente: fw: Anipop.
Pessoalmente não gostei do evento pois apesar de apreciar bastante música e cultura japonesa não significa que tenha que amar manga e anime. Também não quer dizer que deteste. Simplesmente me passa ao lado, gosto de muita coisa, porém a maioria passa-me sinceramente ao lado. Sou uma rapariga de costumes fixos, sempre fui grande fã daqueles livros maçudos de literatura que toda a gente detestava, e embora goste de alguma banda desenhada / manga, prefiro imensamente um bom livro de literatura clássica a manga. Tal como aprecio um bom cinema muito mais que Anime. Gosto mais de Anime em cinema que em série para que conste. Dou os parabéns à organização pelo evento, pois sei o que é organizar um evento, e nunca se revela nada fácil. Não gabo as condições em que tocaram as bandas, som péssimo, iluminação de palco extremamente fortes ao ponto de encadear o público quando esta incidia nas guitarras dos artistas e a ausência de uma coisa tão trivial e simples como ventoinhas e água. Acho que tinham noção que convidaram duas bandas que fazem "covers" de bandas japonesas de Visual Kei, logo é normal que o visual seja mais elaborado e o calor vir-se, deste modo a tornar-se infernal e insuportável. Como maquilhadora de um dos membros dos N'obliez acompanhei a situação de perto, acho que foi uma tremenda falta de consideração para com os artistas. O facto de as pessoas do cosplay utilizarem os camarins dos artistas também despertou a minha admiração e indignação. Mas parabéns também a todos os cosplayers!
Li alguns comentários que considero inferiores e simplesmente sem cérebro por um certo indivíduo no fórum Anime Portugal. Senti-me triste como uma pessoa pode referir-se a um artista não pela sua música em si mas pela "distorção de guitarra e saltos altos". Entristece-me bastante e só me faz ficar mais feliz de em breve estar no Japão onde as opiniões não são exprimidas em tom de ofensa.
Enfim voltarei mais tarde para fazer outra entrada, muito obrigada pela leitura!

mood: Revoltada
song: HIZAKI Grace Project - Philosopher

Friday 2 October 2009

Santuário


Falemos um pouco sobre Santuários. Não sobre o verdadeiro sentido da palavra, mas do nosso Santuário interior e "material"... O que é um Santuário interior? Na minha opinião é a única coisa a que podemos recorrer quando o resto falha, a nossa força de vontade, as nossas esperanças, e principalmente a energia positiva que quem nos é querido nos emana por vezes.
O que será portanto o nosso Santuário "material"? Este tipo de Santuário é algo imponente, tão grandioso ao ponto de nos fazer sentir pequenos perto da sua força e importância. Neste caso, o meu santuário é o meu quarto. A minha música. Os meus artistas predilectos. O meu guitarrista preferido de sempre. As pequenas coisas da vida que nos fazem sentir melhores por alguma ínfima razão: Os cigarros e o vinho tinto.
Escrever. Escrever não é algo que faça apenas porque sim, Escrever é parte de mim. Dói-me a cabeça, Escrevo. Sinto-me febril, Escrevo. Sinto-me perto do abismo, Escrevo. Sinto-me inundada por uma felicidade quase divina e mais uma vez Escrevo.
Posso afirmar com toda a certeza que possuo que Escrever é o meu Santuário, tanto interior como "material".

Gostaria também de mencionar o concerto de amanhã na Anipop. Três das bandas mais relevantes (na minha opinião) do cenário da música japonesa / Visual Kei de Portugal irão actuar no Fórum Lisboa. Espero que marquem presença para apoiar os N'obliez, Kuroi Star e Tempura. Como acompanhante do membro de uma das bandas, posso por fim sentir o ambiente que se levanta em volta de um músico no dia antes do concerto. Vinte e quatro horas não são suficientes, muita preocupação com os aspectos mais variados desde aparência, passando pelas condições em termos de palco e bastidores, acabando com o próprio desempenho e performance a ter em palco. Nestas situações temos de limitar-nos a ajudar a diminuir o nervosismo e ter um ambiente muito calmo, tentar encarar todas a situações como uma obrigação e não como um obstáculo. Não pode haver stress em demasia. Desejo toda a sorte do mundo a todos os membros das bandas que estarão em palco!
Quanto a mim, tenho de permanecer o mais concentrada possível, pois ele conta comigo para maquilha-lo e arranja-lo, tenho definitivamente de fazer um trabalho plausível, para não dizer mesmo excelente.
Por hoje terei que parar por aqui infelizmente, pois como já disse, vinte e quatro horas são, de facto, insuficientes. Muito obrigada a quem vem ler assiduamente este blog, desde já têm todo o meu agradecimento.
Deixo também a sugestão de mais três blogs que sigo e considero bastante interessantes:
O blog oficial de Kiaiku, guitarrista de N'obliez:
http://kiaiku-official.blogspot.com/
O blog de uma das pessoas que amo mais na vida, Ella:
http://ella-puppet-show.blogspot.com/
O blog de uma pessoa que já considero uma querida amiga, Ayame: http://ayamekurenai.blogspot.com/
Despeço-me então com um Até muito Breve! Desafio-vos também a descobrir qual o vosso Santuário, e que me comentem esta entrada com essa informação, ou então que escrevam nos vossos próprios blogs sobre este tema!

Mood: Concentrada

Song: H.I.M. - Soul on Fire

Thursday 1 October 2009

Outono em Tokyo!

Sonhadores vão e vêm, mas o sonho permanece eternamente.
E este era exactamente o meu sonho: A minha primeira viagem ao Japão.
Sonho este que mantenho há três anos (talvez um pouquito mais xD) e que finalmente poderei dizer que o realizei. Finalmente poderei dizer que realizei um dos meus muitos objectivos de vida, nenhum ainda alcançado, todos falhados, um por um... Tanto que já tinha anexado este sonho de Tokyo a esse extenso rol de "sonhos falhados", se é que tal coisa existe.
Viagem já marcada desde princípios/meados deste ano... e desde ai muita coisa mudou... Muitas gargalhadas, lágrimas, sorrisos, angústias, alegrias e tristezas que nos marcarão eternamente... Muitos obstáculos para obter este antigo sonho, principalmente para o manter vivo.
Desesperei... Chorei... Perdi toda a esperança e voltei a ganha-la nas nossas noites de verão acompanhadas pelo nosso sempre presente vinho tinto e pelos cigarros que vão desaparecendo lentamente por vezes e rapidamente por outras. Tempos de tempestade esses em que me sentia enfiada num Hades sem saída das 14h ás 23h todos os dias... Lutei e perdi. Perdi a batalha. Mas não perdi a guerra. Porque apesar de TODOS os entraves que vocês, pessoas de fato e gravata com licenciatura comprada não sei onde que trabalham para a nobre instituição Cabovisão, lamento informar-vos contudo falharam. Passei por cima disso. E de vocês todos. Peço desculpa às pessoas que têm a paciência para lerem os pensamentos desta pessoa tão anónima quanto cada pessoa. Vários castelos de areia foram levados pela maré, mas juntos ficaremos de pé, fortes, observando a areia pousar nas profundezas do oceano da eternidade. Desses castelos apenas ficarão as memórias... Pois mesmo que seja de novo construído nunca mais será o mesmo.
Tenciono publicar um diário das minhas "aventuras" por terras nipónicas, espero que vocês tenham interesse e paciência para o ler.
Que os maus tempos e lágrimas sejam esquecidos...
Que venham novamente os cigarros e o vinho tinto...
Que se rasguem as nuvens e os céus para me levarem ao meu sonho...
Adeus terra estéril sem pensamento e expressão própria Portugal... Olá terra prometida... Japão!

Mood: Esperançosa
Music: Tears For Fears - Mad World